quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E hoje se fez nostálgico...

Tudo lembra os velhos tempos... Acordar cedo, com a mãe gritando que a primeira aula já era. Levantar correndo, tomar um banho, engolir... Comer pra que? Escovar os dentes, pegar a mochila com a certeza que ela está incompleta.  Voar pra aquele lugar onde todos os momentos ruins ou bons, jamais serão quaisquer momentos. Entrar naquela sala, escutar um bom dia sonolento ou até mesmo um bom dia super animado de alguém que caiu da cama logo cedo e fez o mesmo processo, talvez um pouco mais calmo. Rezar pra que o intervalo chegue logo, pra rolar aquela velha resenha. O encontro das tribos, aquele barulho todo. Aquelas crianças correndo e gritando, até derrubando seu lanche. Você aterrorizando um ou outro mais novo, falando do mais novo casal, ou comentando a atitude de fulano. Mas bom mesmo era quando a gente fazia isso com os professores. Ah os professores, eles que se tornam nossos irmãos mais velhos, cuidam da gente, puxam a orelha , reclamam , apontam o caminho, aconselham. A interação sempre foi completa, só não se aproximava quem não queria. A coordenadora, por mais que tentasse resistir, simplesmente não conseguia não cair nas graças dominadoras dos alunos. Conversas, brincadeiras, broncas, hora de falar sério, tudo no seu momento certo. Tinha a graça com o porteiro, com a servente, com a chata que viria a ser inspetora, com a bibliotecária, com a menina da Xerox, com a secretária, e os novatos tinham que se adaptar a isso tudo, já que a até a diretora/dona da escola tinha seu momento. Ela que nos ouviu, tentou muitas vezes sem sucesso nos impedir de prosseguir e o máximo que conseguia era uma negociação. Éramos duros na queda no que queríamos, íamos até o fim, usávamos de todos os dramas e armas possíveis. Ela que chegou até nós meio que sem esperanças porque em um ponto todos os outros terceiros anos tinham decepcionado: formatura independente. A união da turma em prol do nosso bem em comum nos levou ao fechamento com chave de diamante os três anos de glórias que tivemos. Nas palavras dos próprios mestres, nos fomos os melhores, os mais esperados, os invejados, os guerreiros. Nem todos os conflitos internos, tiveram força pra destruir o sonho da tão esperada formatura. Quantos problemas tiveram que resolver. Até o governo nacional parecia conspirar contra, o roubo da prova do Enem, a alteração da data da prova do mesmo e das datas dos vestibulares, consequentemente a alteração do local e da data da tão sonhada solenidade. Fomos até o fim, com todos os sacrifícios. Uns de rosa... Outros de roxo ou de azul, cada um a sua maneira, cada um a sua trilha sonora, até cada mestre, até cada pessoa que foi fundamental nessa caminhada, agradecendo a todos, sem esquecer ninguém. Fomos à busca do precioso certificado, diploma, carta de alforria do que nos traria tanta saudade.  Concluímos como nenhum outro, talvez melhor, talvez nem tanto assim a nossa jornada, deixando legado como referência para os que virão. SAUDADES TERCEIRÃO .

Nenhum comentário:

Postar um comentário