quarta-feira, 9 de setembro de 2015

não entendo a necessidade de machucar.
não entendo a necessidade de brincar com o alheio.
não entendo a necessidade de suprir apenas o momento como se o depois não fosse importante.
não entendo a necessidade de dilacerar onde já foi tua morada.
não entendo a necessidade de aprisionar, quando a tua necessidade é de ser livre.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Meu corpo, um ninho no qual o dela repousa. Nossos braços entrelaçados como um escudo mais do que protetor. Sobre meu peito, seu rosto de olhos cerrados, um retrato da minha fonte de paz. Um beijo na testa, seguido de um suspiro, pra dizer em silêncio: que sou grata ao universo que conspira todos os dias pelo nós.

quinta-feira, 19 de março de 2015

O despertar a procura do celular, ler você.
O que disse daí, enquanto o sono me levava daqui, e que eu não pude ver.
O Bom dia virtual, esperando que seja real, sabendo que você ainda não amanheceu.
Durante a noite o sonho veio a calhar, só pra saudade aumentar. Você não sabe lidar, nem eu.
A espera de uma mudança nas prováveis tarefas, um leve sopro do universo, pra tudo se acertar.
E assim no meio da semana, te encontrar. Sair da rotina da saudade, transbordar.  ♥

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tão longe, tão perto.

Faz questão de ser um enigma. quem você quer de verdade?
nem você mesmo sabe. e vai acabar só. as pessoas cansam.
Eu quero, mas não é saudável ter. Nem pra mim, nem pra você.
seria autodestruição mútua. fim do que construímos até hoje.
não estou preparada, muito menos você.
Mas outro dia me perguntaram se eu já amei. Eu respondi afirmando.
Me perguntaram porque eu achava que era amor. Respondi com um sorriso triste,
e disse "Porque abri mão, para que fosse feliz, para que pudesse crescer."
A pessoa convenceu-se e disse que as pessoas deveriam ser como eu.
Não sou exemplo para ninguém, fui longe demais para ser como sou.
Tenho marcas profundas... Escondidas. Não gosto de mostrá-las.
Quase ninguém as vê. Tenho buscado explicações, que mania a minha.
A vida sabe o que faz, e isso não é um trocadilho.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ando por aí vazio de amor alheio, cheio de amor por mim. Ando por aí fazendo valer minha vontade, colocando-me em primeiro plano e contrariando (por tabela) a vontade alheia. Alguns querem me prender e não acham artifícios para isso. Outros racionalmente entendem minha liberdade, mas emocionalmente querem mais do que posso oferecer. Eu não posso fazer nada, não posso me obrigar a sentir ou deixar de sentir algo. (Já tentei várias vezes, creiam) Estou bem assim, ou acho que estou. Penso no que as pessoas esperam de mim, mas sem deixar de pensar em mim. Fazia tempo que isso não acontecia. Fazia tempo que eu não era minha, tão minha que não queira me dar a ninguém. Tão minha que estou completa, como nunca estive. Tão minha que prefiro “estar só”. Sem promessas, sem juras, sem obrigações. Tão minha, tão leve, tão livre, tão feliz.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Tantas vezes eu ouvi 'estou aqui', tantas pessoas me ouviram dizer a mesma coisa. onde estamos? porque estamos sempre ocupados? porque precisamos de tanto e doamos tão pouco? porque? 
Porque estamos ao redor e não juntos

terça-feira, 18 de março de 2014

Olá, com licença, soube que estaria aqui sozinha quando vi os teus sinais. Quero te dizer que tudo vai passar logo, mas não é verdade. Não seria certo mentir assim. Mas você precisa mover-se, livrar-se, de todos os pesos e culpas que carrega ou que entrega a alguém. Aceita, mesmo que não queira e nem seja fácil, a condição que foi imposta porque não depende mais de você. Reciprocidade é feita por dois. Transforma o amor e o põe em pratica de outro jeito. Há tanta gente precisando conhecê-lo, senti-lo, toca-lo. Não vai desperdiçá-lo, joga-lo fora, é um sentimento tão bonito, não vale a pena. Deixa a dor doer, não há muito que fazer. Não tenho indicações. Deixa esvaziar, sangrar, uma hora vai passar. Para ferida aberta não aconselho cobrir de mentiras ou insinuações, melhor cuidar pra não infeccionar e prolongar o processo de cura. Cuida do teu coração, acalma-o, mantém sua força. Quem vai chegar não tem nada a ver com quem saiu. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Se perguntarem como vou, direi que estou indo. Se me perguntarem pra onde, gostaria de saber. Se a pergunta for se vou bem, a resposta seria o silêncio de incerteza, certo de que a resposta seria negativa. Mas se a questão for o que falta, teria muito a falar com a certeza absoluta que tudo mudaria. Um vazio cansado de estar cheio, engarrafado, imóvel, estressante . Um vazio frustrado. Uma dor que de tanto doer acostumou, calejou o coração que não quer deixar de querer bem
 Querer bem um alguém que não existe mais. Uma esperança imortal de voltar a algo que não viveu. Alterar o que não é meu, pra que se torne. E quando for, perder. Porque o que ja foi vivido não vai voltar a ser.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sou um caos ou estou um caos. Está tudo fora do lugar e desligado. Não sei o que fala mais alto em mim. Não sei onde bate o coração, onde pensa o cérebro, onde está o frio na barriga, não sei onde guardei meus sonhos. Completamente bagunçado. Não me reconheço mais na minha desordem corriqueira. Não sei por onde começar. Não sei ao menos separar o que é bom e o que é ruim. As meias estão junto com os pratos, não há nexo nenhum. Sou um barco a deriva, sem destino, sem caminho, sem vontade, sem motivação. Todo esforço é anulado por uma força desconhecida, nunca tive conhecimento sobre ela. Fico a espera de uma nova tempestade, que talvez misture tudo novamente e eu perceba por onde começar. Essa ansiedade me destrói, mas eu não tenho forças. Acho que sei o que aconteceu, Catrina passou por aqui e que estrago ela deixou.  

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O coração aperta. Não imaginei que fosse apertar. Só aumentou o que já existia. Achei que não ia mudar nada. É um teste, e acho que não vou passar.  Mas mesmo reprovada vou precisar de firmeza. Tá duro aguentar, mas eu também escolhi estar do lado de cá. Vacilo, não consigo ficar longe. Instalou-se a necessidade de estar sempre presente. Sufoco eu sei. Me controlo o quanto eu posso. Minto pra mim mesmo. Ativo a armadura, viro um super herói. Fachada pura. O tempo não passa, se arrasta. E daqui até o ápice tem muitos Km. Respiro fundo, fecho os olhos e me concentro. A melhora é certa e se não for, farei com que seja. Vai ser melhor pra você, vai ser melhor pra nós. Mudar é ruim e crescer dói. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eu bato o portão sem fazer alarde ♪

Não quero ter que explicar pra ninguém o que nos trouxe até aqui. Nós dois sabemos. É o que basta. Há muita gente torcendo por nós, isso é bom, até que comece a incomodar. Respeitem os momentos, e esse é o nosso agora. Decisão minha, que fique bem claro. Taxada de tudo um pouco, sei o que fiz e sei das consequências que vem com a escolha. Gritem criticas e inventem histórias, só eu sei o que se passa dentro de mim. Por mais que eu externalize em palavras, ninguém nunca saberá. Houveram duvidas, arrasadoras, eu confesso. Essa doeu em mim. Atingiu da forma que eu achei que não aconteceria. Desestabilizou, machucou. Até eu já acho que mereço de tanto ouvir coisas ruins.  Mas no fim ninguém quer saber como eu estou, o lado lesado não sou eu. Será mesmo? De novo, não quero explicar. Não quero me defender. Pensem o que quiser. Não vou me esforçar pra mudar nada. Assisto o debate do que seria melhor pra nós feito por cada uma dessas pessoas. Eu sei e você sabe! Discordamos, é notório. As pessoas precisam do bom senso. Isso eu não posso comprar em pacotes ou em capsulas. Desisto de entender a falta do que fazer de todos. Só peço que deixem que eu cuide da bagunça que eu provoquei.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia dos namorados.

Sem mensagens de textos, sem postagens em redes sociais, sem ligações, buquês ou presentes. Sem romantismo. Distantes. Não só fisicamente. Com dores, angustias, feridas. Um retrato do que nos tornamos, do que somos agora, do que escolhemos ser. Talvez não saibamos como, mas fomos nós que nos trouxemos aqui. Pra cima do muro, pra corda bamba. O toca ou não toca, ou faça ou eu não faço. Perdeu-se a espontaneidade, calhou a obrigação. Deixou de ser leve, tem sido um fardo. E o amor? Ele anda por aqui, vivo, mas insuficiente.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sou só eu, por detrás das olheiras, do cansaço, do estresse, das rugas em formação. Sou só eu, cansada de lutar, definhando, ainda esperando por alguém que não quer chegar. Sou só eu, e essa minha mania de acreditar nas pessoas até o fim. Sou eu e essa minha fé eterna na vida, no amor. Sou só eu, que não consigo deixar de lado os meus para cuidar só de mim, afinal eles são partes minhas também. Sou só eu e essa loucura de abraçar o mundo, de cuidar de todos. Sou só eu e essa mania de expectativas, de sonhos, e um dom pra tragédias. Sou só eu, e essa convicção de que eu não posso deixar de ser eu. 

domingo, 28 de abril de 2013

Até onde é amor?


Se sujeitar a qualquer coisa é amor? Aceitar migalhas é amor? Ter pouco, ocasionalmente, quando for conveniente é amor? Viver a espera de vontade alheia é amor? Humilhar-se, reduzir-se, anular-se é amor? Não, isso não é amor, prova de amor, ou qualquer coisa parecida com amor. Isso é falta de amor, próprio pra ser mais especifico. É ilusão alimentada, cegueira, é não querer acreditar que a reciprocidade deixou de caber ali e saiu de cena. É pedir  para sofrer a longo prazo, é a extensão forçada de algo que não existe mais. 

#semfinal #inspiraçãointerrompida #Fail

A rotina é a mesma, o costume é o mesmo, mas eu não reconheço mais. A praça é a mesma, a rua é a mesma, mas eu não reconheço mais. Os carros são os mesmo, as noticias são as mesmas, mas eu não reconheço mais. Os livros são os mesmo, as histórias eu já decorei, mas eu não reconheço mais. Os cumprimentos são os mesmo, os rostos são os mesmo, mas eu não reconheço mais. As cores são as mesmas, pintadas ou na paleta, mas eu não reconheço mais. O velho da padaria, o senhor do leite, o entregador do jornal, o vizinho com gosto duvidoso, as crianças brincando na rua, são todos os mesmos, mas eu não reconheço mais. As pessoas são as mesmas, os lugares são os mesmo, mas eu não me encaixo mais.

domingo, 24 de março de 2013


Sobretudo seja!
Seja bagunça, confusão, tédio.
Música, tom, melodia.
Felicidade, riso, euforia.
Amor, paixão, emoção.
Chocolate, filme, pipoca.
 Pequeno, médio ou grande.  
Você, eu, nós.
Ontem, hoje, amanhã.
Semente, broto, flor.
Sol, nuvem, chuva.
Dia, tarde, noite.
Novo, jovem, velho.
Dia, mês, ano.
Não seja pouco ou pela metade. Seja inteiro, seja verdade. 

quarta-feira, 13 de março de 2013


Ontem eu chorei. Chorei como há muito tempo eu não chorava. Chorei o acumulo. Chorei para aliviar. Chorei a saudade, o medo, a responsabilidade. Chorei expectativas lançadas sobre mim.  Chorei felicidade, agradecimento, amor. Chorei pra esvaziar-me da superlotação de sentimentos conflitantes. Chorei por casos específicos, gerais e que achei que havia esquecido. Chorei porque não tinha alternativa. Chorei pra lavar o corpo, a mente e a alma. Chorei pra dormir mais leve, pra ficar mais leve.  Chorei como forma de luta, como protesto. Chorei sozinha, eu sinto sozinha, eu vivo sozinha toda essa angustia de ter que fazer escolhas. Chorei pra renovar as forças porque desistir não faz parte das escolhas. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

nada fica.
mas nada mesmo. 
nem eu. 
mas você insiste em ser a exceção que confirma a regra.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Entro no banheiro e me deparo com o espelho, fico muito tempo ali. Já passei até mesmo horas. Fico olhando meu reflexo e penso no que ele tenta me dizer. As vezes está feliz, mesmo que cansado. Por ora pode estar abatido, triste. Reparo nos olhos, no desenho da sobrancelha, são eles que me entregam. Penso nos meus dias , nos meus atos, nos fatos. O que fiz e o que deixei de fazer. A casa em silêncio me faz reparar no barulho dos grilos que cantam por toda a noite, essa é minha trilha sonora. Começo a me despir ao fim da minha avaliação, peça por peça, como se fosse um ritual. entro no boxe, leva algum tempo até abrir o chuveiro. Deixo a água cair e molhar a sola dos meus pés. Encho minhas mãos d'agua e lavo meu rosto. Entro de cabeça. Sinto aquela água gelada escorrer pelo meu couro cabeludo provocando um arrepio completo. Logo depois uma sensação de muito alivio. A água segue seu curso pelo meu corpo, é como se com ela fosse todo o peso do dia estressante ou tedioso. O sabonete é uma especie de desintoxicante e uma capsula protetora ao mesmo tempo. No calor que tem feito a vontade é de me manter molhada. Visto-me confortável, meu travesseiro já me espera ansiosamente. Me deito, é como se estivesse sobre o peito da pessoa amada, o cobertor é como os braços, macios e seguros. Escolho a melhor posição, entrego-me a cama, fecho os olhos. Com a mente vazia, entro no mundo que só pertence a mim.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


Mas ninguém disse que as disparidades aparecem, que a paciência falta, que o estresse aumenta que a raiva vem e que a dor aparece. O brilho dos olhos se apaga, a expressão facial muda. As borboletas vão embora, e o pensamento foge.  E você chora, mesmo que não haja lágrimas. E você sente falta, mesmo quando não era mais suportável estar perto. E então aparecem todos os ‘se’ e você perde tempo se perguntando e criando na cabeça os caminhos que não foram seguidos. Não há como voltar atrás, e não há como recomeçar do zero.  Não há como esquecer tudo que já aconteceu, nem camuflar as expectativas. É hora de ir embora, de deixar ir. Antes que o mal que faz agora se espalhe e não reste nada que valha lembrar.